Sesimbra

Uma esquina redonda, com uma casa redonda, ao cimo de uma rampa.
Ao lado existe uma igreja cujos sinos tocam às horas, com um nível quase que ensurdecedor para quem estiver nas proximidades.

São Cosmado - os castanheiros

Ainda pelos montes fui visitar uma zona com uma das minhas árvores favoritas: o castanheiro. Simplesmente adoro o seu aspecto frondoso no verão e o entrelaçado de ramos à vista no inverno. São Cosmado já teve muitos mais castanheiros (foram sendo substituídos por macieiras), e grande parte dos existentes já não está na sua plenitude, mas de qualquer forma são ainda suficientes para alegrar os meus passeios por São Cosmado e alimentar o meu imaginário.

Ericeira

Há muitos anos que não ia à Ericeira. Há tantos que já não tinha qualquer recordação do local. Aproveitei a deslocação devido uma festa de anos para percorrer as ruas e investigar as possibilidades de desenho. Acabaram por ser tantas que nem sabia para onde me virar. E eu que estava com pouco tempo, por isso foi preciso racionar.

Centro Cultural de Belém

Já tinha passado por aqui muitas vezes, pelo Jardim da Água, no Centro Cultural de Belém. De cada vez que passava prometia a mim próprio que haveria de lá ir desenhar. É um espaço sossegado, onde me parece que o edifício atinge uma magnitude e um carácter algo extraterrestre.
Gosto muito de passar por ali um bom bocado. Desta vez estava tudo tão calmo que só se ouvia o som da água a correr pelo espaço.

Árvores

Cada vez gosto mais das árvores no Inverno. Os caos e as encruzilhadas dos ramos sem folhas atraem-me, assim como o facto de através deles se conseguirem ver pedaços do que está por trás, como que uma espécie de imagem fantasmagórica.
Sempre que posso perco algum tempo a desenhá-los.

Castelo de São Jorge

Na manhã do dia de Natal aproveitei para ir dar uma volta à zona do Castelo de São Jorge.
Fiquei extremamente surpreendido com a quantidade de turistas estrangeiros que passaram por mim nos cerca de 20 minutos em que fiz este desenho. Foram mesmo muitos, aliás, haviam filas constantes a passar. É engraçado como nunca me tinha apercebido de que em muitos países se aproveita para viajar na época do Natal.

Rua das Pretas

Tenho continuado os desenhos no caderno pequenino, e sinceramente cada vez gosto mais de o usar. É preciso um pouco de paciência para desenhar naquela escala, mas felizmente paciência foi algo que nunca me faltou.

Folha

Infelizmente tenho desenhado menos no exterior devido ao mau tempo. Mas isso não quer dizer que não desenhe elementos normalmente encontrados no exterior.
Quando ia a entrar para o carro olhei para o chão e uma folha que por ali estava caída chamou-me a atenção.
Apeteceu-me desenhar as suas nervuras e contornos retorcidos. Peguei nela, levei-a para casa e imortalizei-a no meu pequeno caderno.

Caderno pequeno

O meu novo "brinquedo" é um caderno mais pequeno, mesmo pequenino. Há algum tempo que andava com vontade de experimentar algo do género e descobri que gosto de desenhar nesta escala.
Aproveitei para dar uma nova oportunidade à caneta de tinta castanha e misturá-la com a preta, um pouco influenciado pelo Mário Linhares que juntou a cinza com a preta.

Perspectiva - Rua Ribeiro Sanches

Gostei da forma como os edificios são como que engolidos pela rua nesta perspectiva.
Há muito que não deixava um desenho sem pintura. Foi dificil resistir, mas consegui. Assim cada vez que olho para ele posso imaginar um colorido diferente.

Preto e branco



Nestes últimos dias a chuva tem dificultado o desenho no exterior. Aproveitei para voltar aos desenhos a preto e branco com tinta de que tanto gosto e confesso já estar com saudades, já que quase exclusivamente tenho feito desenhos no exterior sempre com aguarela.

São Cosmado

São Cosmado é a aldeia do meu avô, no limite da Beira Alta junto a Trás-Os-Montes. Passei os últimos meses à espera das férias que lá ia passar, cheio de vontade de desenhar. Acabei por não conseguir  desenhar tanto como queria. Já estou com vontade de lá ir outra vez.

Jardim dos Moinhos - Restelo

O Jardim dos Moinhos no Restelo (julgo que este não é o nome oficial, mas como tem moinhos...) é muito agradável para se passar um fim de tarde. A diversidade de espaços atrai-me, assim como a sua configuração bastante inclinada.
O desenho a cores surgiu porque um grupo de miúdos andava de volta do lago com copos a tentar apanhar os peixes quando entretanto chegou o guarda que os afugentou. O guarda acabou por ficar por ali a observar o lago e a ser desenhado por mim.

Belém - estação fluvial

Posso dizer que este desenho foi feito à sombra, não de uma bananeira, mas sim de uma palmeira. E que bem que lá se estava naquele dia de calor, com uma ligeira brisa do rio.
Tenho usado um pouco mais a caneta pincel, numa tentativa de variar o tipo de registo. Obriga a estruturar e pensar um pouco mais o desenho, o que até é do meu agrado, e o resultado é uma alegra mudança no "tom" do nosso trabalho.

Alcácer

As primeiras horas da manhã são sempre as minhas preferidas. Pode-se mesmo dizer que é o nascimento do dia... ainda há poucas pessoas na rua, assim como carros, e a passarada anda no seu auge do chilreio (assim como ao final da tarde).
Não tinha muito tempo por isso aproveitei para um desenho rápido num caderno pequeno.

Alcácer a preto e branco

Eram cerca das 8h40. Nesta estrada da estação de comboios que dá acesso a Alcácer do Sal a calma imperava. Uma brisa fresca fazia-se sentir e o único som que se ouvia era o chilrear dos pássaros que parecia quase omnipresente.
Apesar desta bela pintura matinal e colorida apeteceu-me fazer um desenho a lápis, e assim deixá-lo. Ocasionalmente lembro-me que o lápis foi a minha origem, e apesar de hoje desenhar bastante mais a caneta, de vez em quando sinto saudades.

Porto de Lisboa - comboio

Também como apaixonado por comboios e linhas férreas, ao atravessar a linha no porto de Lisboa não pude deixar passar a oportunidade de desenhar esta perspectiva.
Os carris em direcção ao horizonte, os postes alinhados, os cabos entre cruzados... há qualquer coisa nisto tudo que me agrada. É daquelas coisas que não se explicam mas que se sentem. E eu sentei-me, no murinho à beira da linha, a sentir o prazer de olhar para a linha e o prazer de a ver crescer no caderno.

Rua do Século - Casa Floresta

Na Rua do Século em Lisboa existe este edifício abandonado que serve de "terreno" para uma série de espécies de plantas e até pequenas árvores.
Fiquei apaixonado pela possibilidade gráfica do edifício e da mistura de cores que apresenta. Infelizmente não tinha muito tempo pelo que optei apenas por um esboço rápido, mas já prometi a mim mesmo que vou lá voltar e desenhar e pintar o edifício por inteiro.

Barcos em terra

No mês passado decidi aliar a bicicleta ao urban sketching, impulsionado por alguém (não me recordo quem) que propôs algo do género no encontro dos Urban Sketchers em Campo de Ourique.
Realmente foi uma boa ideia. Assim consegue juntar-se o prazer de andar de bicicleta ao prazer de desenhar.
Este foi o primeiro desenho, na zona ribeirinha entre a Cruz Quebrada e Algés, onde alguns pescadores costumam encontrar-se e fazer umas almoçaradas mesmo ao lado da linha do comboio.

Évora - Rua da Misericórdia

Parece que quando sinto falta do aparo e tinta-da-china vou sempre dar a Évora. Assim acabo também por matar as saudades da cidade.
A vista do inicio da Rua da Misericórdia, com os seus planos e telhados variados, sempre me fascinou.
Mas havia (ou ainda há) também a pastelaria "Estudantina", onde a a minha Avó me comprava os bolos fresquinhos todas as manhãs.