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domingo, 15 de março de 2015

Em frente na linha XIII - Estremoz


E chegou o fim da linha, mas neste caso já nem sequer há linha. A estação de Estremoz está muito bem preservada, mas já foi completamente absorvida pela cidade e está rodeada por 4 ruas asfaltadas. Ao fundo ainda são visíveis os silos da EPAC e preferi representar a última estação de uma forma muito simples, sem juntar a envolvente a descaracterizá-la. E também porque o dia estava mesmo a acabar e o sol quase a desaparecer.
Mas ainda tive tempo de ir comer uma fartura ao rossio, onde estavam instaladas algumas barraquinhas do género. A fartura estava bem boa e foi uma bela maneira de terminar esta pequena viagem. Ficou a vontade de repeti-la noutra linha. Há muitas por aí.

sábado, 14 de março de 2015

Em frente na linha XII - Ameixial


No Ameixial já encontrei uma "senhora" estação. Já muito próximo de Estremoz, a escala desta estação comparada com o tinha encontrado para trás não tinha nada a ver. E não falo só do edifício principal, mas também de toda a envolvente. Aqui havia muito para desenhar, mas o dia estava a chegar ao fim e tive que me conter.
Esta foi a primeira estação que encontrei habitada. Enquanto desenhava o edifício principal saiu um senhor de uma das portas com um balde na mão e começou a cantarolar:"pi-pi-pi , pi-pi-pi" por ali fora. Enquanto ali estive não vi nenhuma galinha, mas desde que o senhor começou a entoar o seu cântico começaram a surgir de todos os lados (mesmo de todos os lados) e a rodeá-lo, enquanto atirava milho pelo ar. Estas devem ser uma espécie galinhas-ninja que só se deixam ver quando querem. Em cerca de 30 segundos estavam pelos menos umas 30 galinhas ali de volta, mais 2 perus.

Depois percorri um pouco a linha até um grande alinhamento de armazéns junto à estação. Encontrei algo engraçado que decidi desenhar, apesar de não fazer a mínima ideia de como se chama. Mas julgo que talvez servisse para encher as carruagens de mercadorias através da sua boca em funil, que talvez estivesse ligada directamente ao interior dos armazéns. Ou então podia ser pura e simplesmente para água... De qualquer forma deu um belo modelo para o desenho.

Update: obrigado ao Paulo J. Mendes que entretanto esclareceu que esta estrutura é chamada de toma-de-água, que servia para abastecimento de água às antigas locomotivas a vapor.


quinta-feira, 12 de março de 2015

Em frente na linha XI - Km 165,569


Mesmo antes da N18 desembocar na N4 a linha cruza mais uma vez a estrada e aí também se pode encontrar mais uma casa do guarda. Esta acabou por ser a menos visível das 3 pelas quais passei, já que estava praticamente toda rodeada de vegetação, mas felizmente ainda dava para ver o painel de azulejos com a marcação da quilometragem da linha.
As cancelas nesta travessia já não existem, apenas sobra o poço no chão onde ficava implantado o seu mecanismo.


Foi aqui que pela primeira e única vez nesta viagem me sentei mesmo no meio da linha a desenhar.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Em frente na linha X - Évoramonte


Para chegar a Évoramonte é preciso percorrer uma estrada cheia de buracos, tantos e tão bem localizados que andamos aos zigue-zagues pela estrada muito devagarinho na esperança de conseguirmos passar sem acertar em nenhum buraco.
Finalmente encontrei um apeadeiro que não estava completamente emparedado, mas as 2 portas que estavam abertas apenas davam acesso a uma divisão cada, completamente vazias.
Este foi o único edifício do género que tinha 2 chaminés, bem coladinhas uma à outra. Para que serviriam?
O apeadeiro era uma espécie de convivência bem repartida entre o edifício e a vegetação, algumas partes mais com um do que o outro e vice-versa.
Foi também aqui que pela primeira vez tive a sensação completa de estar no meio da natureza devido ao canto dos pássaros um pouco por toda a parte. Ainda não os tinha ouvido nenhuma vez nesta viagem.

Tinha pensado ir a partir daqui até ao apeadeiro da Aranha, mais um que fica no meio das propriedades e para o qual não encontrei nenhum acesso directo. Avancei por um caminho de terra tentando seguir uma impressão de fotografia aérea que tinha feito a partir do google, mas menos de 500m depois cheguei a uma depressão algo acentuada com um pequeno curso de água e, depois de ter saído do carro e inspeccionado o local, achei que me arriscava a ficar ali encravado, no meio do nada, sem rede no telemóvel, por isso desisti do apeadeiro da Aranha e dei meia-volta. Noutras condições e com mais tempo teria percorrido os cerca de 4km a pé pela linha até lá, mas não foi desta.


segunda-feira, 9 de março de 2015

Em frente na linha IX - Vimieiro


Depois de vários apeadeiros surgiu uma estação, a do Vimieiro. Foi também onde voltei a sentir o sol e a ver o azul no céu.
Na chaminé do edifício principal está um ninho (de cegonha?!) muito bem instalado e vários pombos esvoaçavam também por ali, de tal forma que enquanto desenhava os azulejos em frente à fachada principal olhei diversas vezes para cima para ver se não estava por ali nenhum pousado que pudesse fazer estragos.
Esta estação fica junto a diversas casas actualmente habitadas. Enquanto desenhava uma das moradoras foi-me perguntar se iam vender a estação e disse que se o fizessem não não era sem tempo, porque já é abandono a mais.


domingo, 8 de março de 2015

Em frente na linha VIII - Vale do Pereiro


Vale do Pereiro foi o apeadeiro que se seguiu. A aproximação ao local foi feita a partir da ponte que se vê ao fundo e consegui aperceber-me que a vegetação ocupou muito espaço. É impossível aceder à frente do edifício e na zona do apeadeiro, apesar de não se ver no desenho, a linha estava coberta por umas ervas bem altas que me obrigaram a afastá-las com os braços para poder atravessar.


O vento que soprava nesta altura era brutal e aliado à temperatura de final de tarde já me estava a enregelar os ossos. Mesmo assim ainda persisti e não quis deixar de desenhar os primeiros azulejos que me apareceram nesta viagem.

sábado, 7 de março de 2015

Em frente na linha VII - Azaruja


Depois dos apeadeiros anteriores algo decepcionantes quando cheguei à Azaruja não pude deixar de sorrir e o peito encheu-se com aquela alegria entusiasmante. Finalmente algo que ia de encontro ao que tinha imaginado e, melhor ainda, com uma escala maior do que esperava.
A Azaruja é composta pelo edifício principal, com um pequeno jardim ao lado e um armazém de apoio um pouco mais à frente e era exactamente o cenário que queria encontrar perdido no meio do Alentejo para um belo momento de desenho.
Estava emparedada e assim não consegui visitá-la por dentro, mas o exterior era mais do que suficiente para me entreter.


Depois de desenhar o edifício principal fiz uma série de pequenos desenhos com alguns pormenores e o enquadramento do armazém. Estava tão entusiasmado que os desenhos saiam quase de rajada (talvez seja uma expressão exagerada, mas tudo me apetecia desenhar).


Antes de me ir embora ainda desenhei a pequena estrutura em ruínas ao lado do jardim junto ao edifício principal. O telhado apenas mantinha parte da estrutura e o interior estava cheio de ervas altas. De inicio não me apercebi o que seria e imaginei uma zona para as pessoas se sentarem enquanto esperavam pelo comboio, a ler o jornal ou a admirar a pequena fonte no centro do jardim ao som da passarada. Mais tarde lembrei-me que a minha visão romântica não podia estar mais enganada, pois aquela estrutura era pura e simplesmente a retrete da estação.

No final ainda entrei no armazém (que não estava emparedado) e desenhei a única porta (ou quase) que encontrei em todo o apeadeiro.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Em frente na linha VI - Sousa da Sé


Depois do último apeadeiro demolido desta vez esbarrei num portão. O apeadeiro de Sousa da Sé está também enclausurado dentro de uma propriedade, pelo que desta vez desenhei o portão. Ainda tentei outra alternativa mais à frente mas estava também fechada.
Atrás do portão é possível ver os taludes que estavam destinados a uma autoestrada que nunca chegou a ser, como tantas que por aí ficaram. Mais ao fundo vislumbrei ainda uma quebra no talude, destinada à construção de uma pequena ponte para permitir a passagem da linha por baixo do asfalto.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Em frente na linha V - K124,159


Mais à frente voltei a encontrar uma travessia de estrada com a tradicional casa do guarda no km124,159 da linha. A casa está emparedada, degradada e ostenta os restos de várias camadas de cartazes publicitários que já foram colados na fachada, mas as cancelas ainda se encontram no local.

terça-feira, 3 de março de 2015

Em frente na linha IV - Garraia


O apeadeiro da Garraia já não existe, foi demolido. Apenas consegui avistar de longe a linha e o sinal de aviso junto ao caminho que a atravessava, já que se encontram dentro de uma propriedade protegida por uma rede electrificada.
Como não quis arriscar uns quantos choques optei por fazer um desenho à distância. De qualquer forma também não tinha nenhum edifício para desenhar.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Em frente na linha III - KM 120,998


Já fora da cidade, enquanto seguia a N18 a caminho do próximo apeadeiro, passei por um novo cruzamento da linha com o asfalto.
Quando preparei a viagem não sabia que iria encontrar estas travessias, e melhor ainda, as casas dos guardas que controlavam a passagem do comboio e comandavam as cancelas para evitar acidentes.
Quando cheguei junto desta casa estava a chover, por isso como era hora de almoço e tinha umas sandes preparadas acabei por comer dentro do carro a observar a casa.
Felizmente no final da refeição a chuva tinha passado e pude atirar-me ao desenho.
Percebi que estas casas tinham assinalada a quilometragem da linha num painel de azulejos em cada um dos lados da casa, na direcção da linha.

domingo, 1 de março de 2015

Em frente na linha II - Comenda


O apeadeiro da comenda fica ainda dentro dos limites da cidade. Só o encontrei à segunda tentativa, já que antes de lá chegar ainda comecei a desenhar erradamente noutra linha (que segue para Arraiolos) que actualmente é uma ciclovia asfaltada. A chuva obrigou-me a parar o desenho e entretanto apercebi-me do erro e lá fui à procura do apeadeiro.
O apeadeiro está junto a uma travessia de estrada que ainda tem as cancelas em relativo bom estado (será que funcionam)?
O apeadeiro em si está emparedado e não é possível entrar lá dentro. Parece ter sido pintado há relativo pouco tempo, mas entretanto já serviu de tela para os artistas urbanos que andam por aí a pintar paredes.


sábado, 28 de fevereiro de 2015

Em frente na linha - Évora


Há algum tempo que me apetecia fazer uma espécie de viagem de descoberta acompanhado pelo desenho. Sempre tive aquela atracção pelos comboios e pela ruína e lembrei-me de juntar os dois... a ideia tornou-se uma espécie de viagem ao longo da linha para tentar desenhar todas as estações e apeadeiros entre a partida e a chegada. Depois de avaliar várias hipóteses acabei por escolher o troço da chamada linha de Évora, entre Évora e Estremoz, que foi encerrada aos passageiros em 1990.
A estação de Évora ainda se encontra activa por isso optei por não a desenhar nesta viagem, reservando o caderno apenas para o que está sem serviço.
Por isso o primeiro desenho foi feito de costas para a estação, a olhar na direcção em que o comboio seguiria.