sábado, 7 de março de 2015

Em frente na linha VII - Azaruja


Depois dos apeadeiros anteriores algo decepcionantes quando cheguei à Azaruja não pude deixar de sorrir e o peito encheu-se com aquela alegria entusiasmante. Finalmente algo que ia de encontro ao que tinha imaginado e, melhor ainda, com uma escala maior do que esperava.
A Azaruja é composta pelo edifício principal, com um pequeno jardim ao lado e um armazém de apoio um pouco mais à frente e era exactamente o cenário que queria encontrar perdido no meio do Alentejo para um belo momento de desenho.
Estava emparedada e assim não consegui visitá-la por dentro, mas o exterior era mais do que suficiente para me entreter.


Depois de desenhar o edifício principal fiz uma série de pequenos desenhos com alguns pormenores e o enquadramento do armazém. Estava tão entusiasmado que os desenhos saiam quase de rajada (talvez seja uma expressão exagerada, mas tudo me apetecia desenhar).


Antes de me ir embora ainda desenhei a pequena estrutura em ruínas ao lado do jardim junto ao edifício principal. O telhado apenas mantinha parte da estrutura e o interior estava cheio de ervas altas. De inicio não me apercebi o que seria e imaginei uma zona para as pessoas se sentarem enquanto esperavam pelo comboio, a ler o jornal ou a admirar a pequena fonte no centro do jardim ao som da passarada. Mais tarde lembrei-me que a minha visão romântica não podia estar mais enganada, pois aquela estrutura era pura e simplesmente a retrete da estação.

No final ainda entrei no armazém (que não estava emparedado) e desenhei a única porta (ou quase) que encontrei em todo o apeadeiro.

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