sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Costa Nova - a ria



Seguindo pela Costa Nova, mas agora virado para a ria. Como apaixonado por pontes não consegui passar por esta sem a desenhar.
Desenhar ao ar livre tem muitas vantagens, mas obviamente tem também desvantagens. Enquanto desenhava a ponte sossegado, sentado num lancil no final de uma rua sem saída,  chegou um jipe enorme a roncar e estacionou mesmo ao meu lado (e até tinha muito espaço para estacionar em qualquer outro lugar). Saiu um casal com 2 filhos que foram logo a correr para a praia e o casal ficou a discutir ao meu lado sobre se ficavam ali ou iam para outro lugar (claro que cada um puxava para seu lado). Isto durou uns minutos e eu cada vez mais a pensar como se estava bem ali há tão pouco tempo atrás. Entretanto lá decidiram ir embora, chamaram as crianças, voltaram a pôr no carro tudo o que já tinham tirado e foram-se, deixando para trás uma nuvem de gasoleo queimado para eu respirar.

1 comentário:

Luís Ançã disse...

Lembro-me da Costa Nova nos anos 60. A última vez que por lá passei foi há cerca de 20 ou 30 anos, sei lá. Aquele lugar mágico tornou-se vulgar. O rio por onde os moliceiros recolhiam os limos tinha minguado, estava aprisionado, enclausurado, sufocado.
Valeu o almoço num daqueles restaurantes.