domingo, 20 de outubro de 2013

Azul


Muitas vezes digo que não gosto do céu limpo, simplesmente azul. O dia em que fiz este desenho reforçou ainda mais a minha convicção. Não tenho palavras para descrever o dia glorioso que estava, com o céu esquartelado por nuvens de todas as formas e dimensões e uma paleta variada de tons de azul que se replicava nas águas do rio.
Por mim todos os dias podiam ser assim. Sentia-me como um turista maravilhado num país estrangeiro, a olhar para todo o lado e a querer gravar na memória tudo o que via naquele momento.
Havia também uma espécie de neblina ao longe que ajudava a dar uma atmosfera ainda mais especial àquele ambiente.
Sentei-me mesmo à beira rio e por ali desenhei e tentei fazer justiça a todo aquele azul.
A certa altura passou por mim um pescador a arrastar pela água ao longo do paredão uma "gaiola" para camarões: "Não se assuste, deixe-se estar" disse enquanto passava a corda por cima da minha cabeça. Naquele momento eu também já fazia parte do cenário.

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